Obras do BRT: Supressão de árvores e empobrecimento da paisagem natural

Publicamos abaixo mais um comentário de nossa equipe, que realizou visitas de fiscalização a vários pontos das obras do BRT em Campinas, identificando problemas graves, que vão desde rachaduras na pavimentação, ausência de acessibilidade para cadeirantes, problemas de impermeabilização do solo, entre outros. Por Deise Nascimento A paisagem local no percurso do BRT sofreu um […]

26 ago 2019, 18:49 Tempo de leitura: 1 minuto, 28 segundos
Obras do BRT: Supressão de árvores e empobrecimento da paisagem natural

Publicamos abaixo mais um comentário de nossa equipe, que realizou visitas de fiscalização a vários pontos das obras do BRT em Campinas, identificando problemas graves, que vão desde rachaduras na pavimentação, ausência de acessibilidade para cadeirantes, problemas de impermeabilização do solo, entre outros.

Por Deise Nascimento

A paisagem local no percurso do BRT sofreu um empobrecimento com a perda de espécies arbóreas que margeavam pontos da avenida John Boyd Dunlop e seus canteiros centrais. No projeto do BRT em áreas já entregues ou em fase de finalização observamos plantio de grama e espécies arbóreas com baixa variação de espécies da flora. Nossa leitura para tal opção é de padronização da paisagem. 

Entendemos que o potencial ambiental do trecho referente ao BRT foi rebaixado com tal ação, pois ao longo do trajeto a escolha de espécies arbóreas que podem compor o paisagismo e oferecer serviços ambientais poderia ser melhor planejado com presença de diversidade de espécies arbóreas que permitissem a conexão de rotas de aves e pequenos animais, insetos, lagartixas, répteis, gambás, fauna de pequeno porte. A presença de espécies da fauna promovem o controle ambiental de pragas urbanas tais como baratas, escorpiões, ratos, carrapatos e outros animais. Nosso olhar para o conforto da cidade e do cidadão vai além do transporte; entendemos que a conservação e preservação da fauna e flora são fundamentais para um ambiente saudável, não apenas como paisagismo, mas como componente do espaço urbano sustentável ambientalmente e deveria integrar o projeto, o que não percebemos como preocupação da obra do BRT.