De Minamata ao Tapajós: um alerta sobre a contaminação de mercúrio na Amazônia
Não é de hoje que a luta pela conservação de territórios indígenas é discutida. São diversas lutas que vem sendo travadas contra a o desmatamento, a ocupação dessas terras e, principalmente, contra a mineração, que toma essas terras e coloca a vida de todos os habitantes da região em risco. Sem falar da contaminação via […]
10 set 2018, 15:53 Tempo de leitura: 1 minuto, 14 segundosNão é de hoje que a luta pela conservação de territórios indígenas é discutida. São diversas lutas que vem sendo travadas contra a o desmatamento, a ocupação dessas terras e, principalmente, contra a mineração, que toma essas terras e coloca a vida de todos os habitantes da região em risco. Sem falar da contaminação via fluxo de rio, que pode viajar quilômetros, modificando flora, fauna e colocando a vida de milhares de pessoas em risco, em diversas regiões.
É o caso da mineração ilegal de ouro na Amazônia, que coloca em risco o povo Munduruku, dentre outros povos indígenas, e o ecossistema da região. Nessa extração, utiliza-se mercúrio, que evapora à temperatura ambiente, causando a doença denominada “Mal de Minamata”.
Mas não é só o garimpo que adoece. As barragens para hidrelétricas são outro importante fator de contaminação, pois processos bioquímicos agravados pelo longo tempo de reservação de água, transformam o mercúrio inorgânico em metilmercúrio, sua forma orgânica, que entra na cadeia alimentar e que se bioacumula, isto é, aumenta de concentração conforme avança na cadeia. Exemplificando: peixes pequenos se alimentam pouco e se contaminam um pouco, peixes maiores se alimentam de muitos peixes pequenos e se contaminam mais e o ser humano come muitos peixes grandes e portanto, absorve mais mercúrio.