Mariana Conti: infância e juventude
Ela preparava o café da manhã bem tranquila. Logo em seguida, sentou-se em sua poltrona, de madeira rústica, próxima à janela,enquanto recebia os raios de sol e pensava sobre as atividades do dia. Lá fora, Joe, um grande e dócil cão recepcionava as visitas, fazendo festinhas e saltando sobre elas. Apaixonada por café, toma o […]
25 set 2018, 17:30 Tempo de leitura: 2 minutos, 29 segundosEla preparava o café da manhã bem tranquila. Logo em seguida, sentou-se em sua poltrona, de madeira rústica, próxima à janela,enquanto recebia os raios de sol e pensava sobre as atividades do dia. Lá fora, Joe, um grande e dócil cão recepcionava as visitas, fazendo festinhas e saltando sobre elas. Apaixonada por café, toma o primeiro gole, mas aguarda alguns pães que uma companheira de lutas trará. Com uma camiseta amarela, logo se percebe o recado estampado: Marielle, presente! Hoje e sempre!
Em uma calça azul e chinelos, o jeito simples de viver revelam que não perdera as raízes, pelo contrário, com os pés sempre firmes na realidade. Nas paredes, alguns quadros, uns em alusão aos tempos da adolescência, como do vocalista da Banda Nirvana, Kurt Cobain. Frente à porta, Maria Bonita e Lampião, no corredor para a cozinha, Che Guevara, e, próximo à saída da casa, Marx e o Manifesto à Classe Trabalhadora. Mariana Conti Takahashi, vereadora pelo (PSOL), a mulher mais votada na história da cidade e única representante feminina na legislatura de Campinas, 2017-2020 e candidata a deputada estadual nessas eleições.
Nana, apelido carinhoso recebido da família, que é chamada por ele até hoje. Ela é a segunda entre a fraternidade. A primeira Irmã, Marina, depois Mariana, Carolina e Márcio. A infância fortaleceu os laços entre irmãs e irmão, como não saiam para brincar nas ruas, organizavam a diversão em casa. Filha de Mara, socióloga e de Jorge, engenheiro eletricista. Nascida em Campinas, mas passou a infância e a adolescência em Americana. Nas férias, visitava os avós paternos, em um sítio, onde viviam, na cidade de Itapetininga. Momento sempre esperado por ela. Eles eram de origem japonesa e mantinham um profundo vínculo com a questão do plantio e da terra.
Estudou alguns anos em escola pública, escolha de sua família. Contudo, em virtude de uma reforma nessa época, alterando a grade curricular, migrou para o colégio Salesiano.
Na escola era considerada estudiosa. De acordo com Nana, “gostava de estudar, preocupava-me em oferecer o melhor, não queria ficar na média”.
A adolescência se aproximava, junto dela, os questionamentos, os gostos, as amizades, as escolhas.
Nessa fase, adorava o estilo ‘grunge’, calças largas, camisa xadrez, e tênis cano longo, tipo skatista. Baladas eram mais limitadas, devido ao controle e horário de chegada. Ao mesmo tempo, participava das atividades na Pastoral da Juventude.
O contato com muitos livros, inclusive, da área das Ciências Sociais, despertaram-na para alguns debates. Em 2002, por exemplo, já causava nas discussões, no momento político da polarização PT e PSDB. As análises que alguns cientistas políticos realizavam sobre a conjuntura, Mariana achava o máximo.
Acompanhe as próximas duas reportagens da série sobre a Mariana Conti !