Acessibilidade no Transporte Coletivo

Por Mariana Conti Recebemos em nossas redes e gabinete repetidos relatos sobre problemas nas plataformas e rampas de acessibilidade dos ônibus. Situações de mal funcionamento nesses elevadores e rampas geram constrangimento e são desrespeitosas com os cidadãos que dependem e tem o direito a esses equipamentos em bom funcionamento para acessar e se deslocar pela […]

23 out 2019, 20:04 Tempo de leitura: 2 minutos, 20 segundos
Acessibilidade no Transporte Coletivo

Por Mariana Conti

Recebemos em nossas redes e gabinete repetidos relatos sobre problemas nas plataformas e rampas de acessibilidade dos ônibus. Situações de mal funcionamento nesses elevadores e rampas geram constrangimento e são desrespeitosas com os cidadãos que dependem e tem o direito a esses equipamentos em bom funcionamento para acessar e se deslocar pela cidade.
Com base nisso protocolei um requerimento de informação à prefeitura. Recebi há pouco a resposta do secretário de transportes José Barreiro a esse documento.

No requerimento de informação abordei 3 pontos sobre os elevadores e rampas:
Pergunta 1- Qual é a periodicidade da manutenção dos elevadores nos veículos do transporte coletivo?
Pergunta 2-Questionei sobre o número de ocorrências nos últimos 6 meses referentes a problemas nos elevadores e rampas, bem como a identificação das mesmas(linha, carro e horário).
Pergunta 3- Quantos veículos operam com problemas atualmente na cidade?(O documento foi protocolado em 27 de setembro).

As respostas do Secretário:

Resposta 1-Segundo Barreiro a EMDEC realiza inspeções semestrais da frota.
Resposta 2- O secretário afirma que nos últimos seis meses , durante as inspeções semestrais foram constatados 520 defeitos, e os veículos só foram liberados para operação após a resolução dos problemas. O pedido de identificação dessas ocorrências não foi atendido.
Resposta 3- transcrevo tal qual está no documento da Secretaria de Transportes: “ Conforme resposta acima, quando é detectado pela nossa fiscalização problemas de funcionamento de elevador ou rampa, o veículo é notificado e imediatamente afastado da operação até que se realize a manutenção.”

As perguntas buscavam identificar e dimensionar tamanho do problema na cidade, também levantar quais medidas já estavam em implementação para solucioná-lo.
A resposta do secretário não elucidou de todo a questão, há pontos do documento de Barreiro pouco convincentes, exemplifico:

Quem conhece a situação calamitosa dos ônibus em Campinas tem dificuldade para acreditar que as inspeções nos veículos são realizadas satisfatoriamente a cada seis meses, afinal, os problemas e o mau estado que identificamos cotidianamente na frota certamente são o acúmulo de mais de 6 meses de descaso.

A resposta à pergunta nº 3 se esquivou da pergunta e evidenciou que a secretaria não tem o controle de quantos veículos estão circulando com problemas nos elevadores ou rampas.

Está claro pela alta ocorrência de problemas nas rampas e elevadores que as inspeções semestrais, caso estas realmente ocorram, não têm sido suficientes para atender a demanda de manutenção dos ônibus, especialmente dos elevadores. Seguiremos cobrando soluções efetivas do poder executivo para assegurar acessibilidade e o direito à cidade para todos.

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