Mariana Conti assume a presidência do PSOL Campinas; diretório aprova resolução contra participar do governo Lula

Em reunião do diretório municipal do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) em Campinas, realizada na noite desta quinta-feira, 01/12, a vereadora Mariana Conti assumiu a presidência do partido na cidade. Além da nova presidência, foi aprovada uma resolução que rejeita a possibilidade do partido integrar o governo Lula (PT) com cargos de confiança em qualquer […]

2 dez 2022, 09:19 Tempo de leitura: 2 minutos, 26 segundos
Mariana Conti assume a presidência do PSOL Campinas; diretório aprova resolução contra participar do governo Lula

Em reunião do diretório municipal do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) em Campinas, realizada na noite desta quinta-feira, 01/12, a vereadora Mariana Conti assumiu a presidência do partido na cidade. Além da nova presidência, foi aprovada uma resolução que rejeita a possibilidade do partido integrar o governo Lula (PT) com cargos de confiança em qualquer escalão da administração federal e reafirma o PSOL como oposição à prefeitura de Dário Saadi e do futuro governador Tarcísio de Freitas.

Mariana acredita que o PSOL “é um partido que se destacou por estar na linha de frente do enfrentamento ao fascismo” nos últimos anos. Ela lembra que o primeiro pedido de Impeachment de Bolsonaro foi protocolado ainda em 2019 por parlamentares do PSOL, como Sâmia Bomfim e Fernanda Melchiona. “A experiência que estamos tendo em Campinas com a CPI Antifascista também é outro exemplo de como o combate à ascensão da extrema-direita é uma prioridade”, lembra a vereadora que foi a mais votada nas eleições municipais de 2020 e que em 2022 foi a terceira mais bem votada da cidade para uma vaga na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Mariana ocupava a vice-presidência do PSOL Campinas desde novembro de 2021 e a ex-vereadora Marcela Moreira, que ocupava a presidência até então, seguirá agora na vice-presidência do partido. As duas fazem parte de um bloco no partido que recusa a entrada do partido no governo Lula-Alckmin. A decisão sobre a entrada ou não do partido no governo será definida em reunião do diretório nacional a ser realizada nas próximas semanas.

“Somo contrários ao PSOL integrar o governo Lula, devemos manter a independência do partido. O PSOL não faz parte do toma lá dá cá, não vamos fechar apoio à reeleição de Arthur Lira (PP) na Câmara dos Deputados, um dos responsáveis pelas maldades às quais a população brasileira foi submetida durante esses anos de governo Bolsonaro.” comenta Mariana ao lembrar que a bancada do PSOL na Câmara Federal se recusou apoiar a recondução de Lira à presidência da casa, contrariando as decisões de PT, PV, PCdoB e PSB.

“A vitória histórica que impusemos à extrema-direita bolsonarista com a eleição de Lula, resultado da ampla participação da sociedade, foi fundamental. Também é importante que o PSOL se mantenha como um polo de resistência e enfrentamento à extrema-direita, preservando a sua independência para exigir que Bolsonaro seja punido por seus crimes e para lutarmos pela promoção de mudanças necessárias para a melhoria da vida da população, como o fim do teto de gastos e revogação das reformas tributárias e da previdência com muita mobilização social e diálogo com o povo”, argumenta a vereadora que hoje também é líder do PSOL na Câmara Municipal.